segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cobras


As serpentes não são animais para ficar brincando, pegando no colo e acariciando. De personalidade fria, elas não obedecem, não demonstram carinho ao seu dono e não são companheiras. Agem simplesmente por instinto. Depois de certo tempo há um respeito pelo dono por saber que é através dele que elas são alimentadas. Vivem em média 20 anos e o comprimento varia de acordo com as espécies. Nascem geralmente com 30cm, e podem atingir quatro metros como a jibóia e seis metros como a Píton Burmese. As cobras trocam de pele pelo menos duas vezes ao ano que é recoberta por escamas com formato alongado na parte superior e arredondado na cauda e extremidades. Possuem muitos ossos, cerca de 838 ossos contra 108 do homem. A serpente deve ser manuseada suave e lentamente. Senão, pode se assustar e dar um bote. Quem já levou, garante que não dói. O problema maior do bote é o susto que o dono leva, podendo derrubar a serpente e causar-lhe graves ferimentos nos órgãos internos e a quebra da coluna. As serpentes não captam sons acima de 140hz já que possuem ouvidos internos, porém têm grande sensibilidade às vibrações. Sua língua é estreita, flexível e bi partida, o que favorece a captação do cheiro. Entre as 18 famílias de serpentes, os maiores exemplares de serpentes são encontrados na Família dos Boídeos. Não são peçonhentos e não possuem presas. Já a família mais numerosa é a dos Colubrídeos, abrangendo mais de 2.000 espécies. Possuem presas e não são peçonhentas. O animal é classificado como peçonhento quando possui veneno que é capaz de causar grandes danos a um outro individuo. A injeção do veneno ocorre através de presas ou ferrão. No caso do cativeiro ou criação, é bom que a cobra recebe luz do sol na parte da manhã. Quanto à luz artificial, existem lâmpadas especiais para répteis ou ainda podem ser usadas lâmpadas infravermelhas para aquecer. Jamais devem ser colocados materiais ou pedras pontiagudas que possam ferir o corpo da serpente. A alimentação varia conforme a espécie, mas em geral, as serpentes se alimentam de mamíferos, insetos, pequenos invertebrados, peixes, entre outros. As espécies que são criadas em cativeiro (terrário) geralmente se alimentam de pequenos mamíferos. A quantidade vai variar de acordo com a idade, espécie, tamanho, clima. Como qualquer outro réptil, a cobra ou serpente sofre no inverno e isso acaba influenciando no seu apetite que diminui neste época do ano. Dica importante: A grande maioria das cobras quando está alimentada, fica “repousando” e quando está com fome, fica agitada. De acordo com o seu comportamento, dá para perceber quando está ou não pedindo comida. Troque a água diariamente, pois elas costumam defecar dentro da água. Nunca pegue uma serpente na mão sem conhecê-la, pois dependendo da serpente e o tempo de socorro, a picada pode ser fatal. CURIOSIDADES: *A maior serpente já registrada é uma sucuri de 11,50m. *A naja africana é capaz de lançar o veneno a uma distancia de até 2,40m. *Um grama de veneno da naja pode matar 150 pessoas. *A maior serpente venenosa é a cobra rei que chega atingir 4,50m. *A maior serpente venenosa do Brasil é a surucucu medindo em torno de 3,60m. Origem e História Elas surgiram na terra há cerca de 145 milhões de anos e tem função muito importante em um bio sistema como qualquer outro animal. São grandes predadoras de roedores e algumas espécies só se alimentam de filhotes de cobras venenosas, mantendo assim em seu habitat um equilíbrio ecológico perfeito. Isso nos leva a crer que elas não são os animais que deveriam ser extintos como muitos desejam. No Brasil, o universo das serpentes como animais de estimação não se compara ao americano, mas existe e é crescente. No momento a importação de répteis está interrompida, mas há exemplares em algumas lojas. Há também duas condições básicas para a compra e a venda de serpentes no país. A primeira é que é proibido criar espécies peçonhentas que oferecem risco ao homem. A segunda, válida para todos os animais, impede a posse de espécies da nossa fauna, a menos que o Ibama a autorize. Mas, a realidade é diferente. Grande parte das pessoas que partilha o seu dia-a-dia com uma serpente no Brasil, o faz com jibóias, espécies nativas.

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